sábado, 23 de novembro de 2013

Texto: Quando parei de mandar minha filha andar logo - vale a pena ler!!!!

O texto abaixo foi publicado originalmente em inglês no blog “Hands free mama” e é de autoria de Rachel Macy Stafford, uma professora de educação especial. A tradução para o português foi feita pela equipe doPortal AprendizClique aqui para ler o texto original no inglês.

Quando se está vivendo uma vida distraída, dispersa, cada minuto precisa ser contabilizado. Você sente que precisa estar cumprindo alguma tarefa da lista, olhando para uma tela, ou correndo para o próximo compromisso. E não importa de quantas maneiras você divide o seu tempo e atenção, não importa quantas obrigações você cumpra em modo multi-tarefa, nunca há tempo suficiente em um dia.
Essa foi minha vida por dois anos frenéticos. Meus pensamentos e ações foram controlados por notificações eletrônicas, toques de celular e uma agenda lotada. Cada fibra do meu sargento interior queria cumprir com o tempo de cada atividade marcada na minha agenda super-lotada, mas eu nunca conseguia estar à altura.
Sempre que minha criança fazia com que desviasse da minha agenda principal, eu pensava comigo mesmo: “Nós não temos tempo pra isso.”
Veja bem, seis anos atrás, eu fui abençoada com uma criança tranquila, sem preocupações, do tipo que para para cheirar flores.
Quando eu precisava sair de casa, ela estava levando seu doce tempo pegando uma bolsa e uma coroa brilhante.
Quando eu precisava estar em algum lugar há cinco minutos, ela insistia em colocar o cinto de segurança em seu bichinho de pelúcia.
Quando eu precisava pegar um almoço rápido num fast-food, ela parava para conversar com uma senhora que parecia com sua avó.
Quando eu tinha 30 minutos para caminhar, ela queria que eu parasse o carrinho e acariciasse todos os cachorros em nosso percurso.
Quando eu tinha uma agenda cheia que começava às 6h da manhã, ela me pedia para quebrar os ovos e mexê-los gentilmente.
Minha criança sem preocupações foi um presente para minha personalidade  apressada e tarefeira – mas eu não pude perceber isso. Ó não, quando se vive uma vida dispersa, você tem uma visão em forma de túnel – sempre olhando para o próximo compromisso na agenda. E qualquer coisa que não possa ser ticada na lista é uma perda de tempo.
Sempre que minha criança fazia com que desviasse da minha agenda principal, eu pensava comigo mesmo: “Nós não temos tempo pra isso.” Consequentemente, as duas palavras que eu mais falava para minha pequena amante da vida eram: “anda logo”.
Eu começava minhas frases com isso:
Anda logo, nós vamos nos atrasar.
Eu terminava frases com isso:
Nós vamos perder tudo se você não andar logo.
Eu terminava meu dia com isso.
Anda logo e e escove seus dentes. Anda logo e vai pra cama.
Ainda que as palavras “anda logo” fizessem pouco ou nada para aumentar a velocidade de minha filha, eu as dizia de qualquer maneira. Talvez até mais do que dizia “eu te amo”.
Anda logo!
A verdade machuca, mas a verdade cura… e me aproxima da mãe que quero ser.
Até que em um dia fatídico, as coisas mudaram. Eu havia acabada de pegar minha filha mais velha de sua escola e estávamos saindo do carro. Não indo rápido o suficiente para o seu gosto, minha filha mais velha disse para sua irmã pequena, “você é lenta”. E quando, após isso, ela cruzou seus braços e soltou um suspiro exasperado, eu me vi – e foi uma visão de embrulhar as tripas.
Eu fazia o bullying que empurrava e pressionava e apressava uma pequena criança que simplesmente queria aproveitar a vida.
Meus olhos foram abertos; eu vi com clareza o dano que minha existência apressada estava causando às minhas duas filhas.
Com a voz trêmula, olhei para os olhos da minha filha mais nova e disse: “Me desculpe por ficar fazendo você se apressar, andar logo. Eu amo que você, tome seu tempo e eu quero ser mais como você”.
Ambas me olharam surpresas com a minha dolorosa confissão, mas a face da mais nova sustentava o inequívoco brilho da aceitação e do reconhecimento.
“Eu prometo ser mais paciente daqui em diante”, disse enquanto abraçava minha filha de cabelos encaracolados. Ela estava radiante diante da promessa recém-descoberta de sua mãe.
Foi bem fácil banir o “anda logo” do meu vocabulário. O que não foi tão fácil foi adquirir a paciência para esperar pela minha vagarosa criança. Para nos ajudar a lidar com isso, eu comecei a lhe dar um pouco mais de tempo para se preparar se nós tivéssemos que ir a algum lugar. Algumas vezes, ainda assim, ainda nos atrasávamos. Foram tempos em que eu tive que reafirmar que eu estaria atrasada, nem que se fosse por alguns anos, se tanto, enquanto ela ainda é jovem.
Quando minha filha e eu saíamos para caminhar ou íamos até a loja, eu deixava que ela definisse o ritmo. Toda vez que ela parava para admirar algo, eu afastava os pensamentos de coisas do trabalho e simplesmente a observava as expressões de sua face que nunca havia visto antes. Estudava com o olhar as sardas em sua mão e o jeito que seus olhos se ondulavam e enrugavam quando ela sorria. Eu percebi que as pessoas respondiam quando ela parava para conversar. Eu reparei como ela encontrava insetos interessantes e flores bonitas. Ela é uma observadora, e eu rapidamente aprendi que os observadores do mundo são presentes raros e belos. Foi quando, finalmente, me dei conta de que ela era um presente para minha alma frenética.
Minha promessa de ir mais devagar foi feita há quase três anos e ao mesmo tempo eu comecei minha jornada de abrir mão das distrações diárias e agarrar o que importa na vida. E viver num ritmo mais devagar demanda um esforço concentrado. Minha filha mais nova é meu lembrete vivo do porquê eu preciso continuar tentando. E de fato, outro dia, ela me lembrou de novo.
Nós duas estávamos fazendo um passeio de bicicleta, indo para uma barraquinha de sorvetes enquanto ela estava de férias. Após comprar uma gostosura gelada para minha filha, ela sentou em uma mesa de piquenique e observou deliciada a torre gélida que tinha em suas mãos.
De repente, um olhar de preocupação atravessou seu rosto. “Devo me apressar, mamãe?”
Eu poderia ter chorado. Talvez as cicatrizes de uma vida apressada nunca despareçam completamente, pensei, tristemente.
Enquanto minha filha olhava para mim esperando para saber se ela poderia fazer as coisas em seu ritmo, eu sabia que eu tinha uma escolha. Poderia continuar sentada ali melancolicamente lembrando o número de vezes que eu apressei minha filha através da vida… ou eu poderia celebrar o fato de que hoje estou tentando fazer as coisas de outra forma.
Eu escolhi viver o hoje.
“Você não precisa se apressar. Tome seu tempo”, eu disse gentilmente. Toda sua cara instantaneamente abrilhantou-se e seus ombros relaxaram.
E então ficamos sentadas, lado a lado, falando sobre coisas que crianças de 6 anos que tocam ukelele gostam de falar. Houve momentos em que ficamos em silêncio, sorrindo uma para a outra e admirando os sons e imagens ao nosso redor.
Eu imaginei que ela fosse comer todo o sorvete – mas quando ela chegou na última mordida, ela levantou uma colheirada repleta de cristais de gelo e suco para mim. “Eu guardei a última mordida pra você, mamãe”, disse orgulhosa.
Enquanto aquela delícia gelada matava minha sede, eu percebi que consegui um negócio da China. Eu dei tempo para minha filha e em troca ela me deu sua última mordida de sorvete e me lembrou que as coisas tem um gosto mais doce e o amor vem mais dócil quando você para de correr apressada pela vida.
Seja comendo sorvete, pegando flores, apertando o cinto de bichinhos de pelúcia, quebrando ovos, encontrando conchinhas, observando joaninhas ou andando na calçada.
Nunca mais direi: “Não temos tempo pra isso”, pois é basicamente dizer que não se tem tempo para viver.
Tomar seu tempo, pausar para deleitar-se com as alegrias simples da vida é o único jeito de viver de verdade – acredite em mim, eu aprendi da especialista mundial na arte de viver feliz.


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Introduzindo a alimentação sólida

A introdução dos alimentos sólidos traz inseguranças para as mamães, mas sempre há uma forma de facilitar. Abaixo, seguem as instruções que o pediatra do Enrico passou para a introdução dos alimentos sólidos. Até cinco meses e meio, felizmente, eu consegui manter somente o aleitamento materno.
Vou mostrar as instruções dele e depois contar o que eu fiz um pouco diferente, ele pediu que eu iniciasse uma semana antes de ele completar 6 meses:

                           Primeira Fase

              Frutas

      Banana prata,  laranja lima,  maçã,  pêra  e mamão
     Inicialmente com suquinhos ou papinhas entre 9  e 9:30 h.
    
      Sopa de Legumes (almoço)

      Iniciar 10 dias depois de ter começado as frutas                                                               


Grupo 1 =  Mandioca, Mandioquinha, Batata, Inhame, Cará,
                  Arroz

     Grupo 2 =  Abóbora, Cenoura, Beterraba

      Grupo 3 =  Vagem, Nabo, Abobrinha,  Creme de Ervilha,     
                  Chuchu, Beringela, Jiló

1.   Cozinhar 250 gramas de músculo bovino picado (ou  frango) em ± 1000 ml de água até que libere todo o seu sumo.

2.   No caldo acima cozinhe pelo menos um legume de cada grupo.

3.   Coloque os legumes com  o caldo fervendo e tampe

4.   Inicialmente amasse, liquidificador só em último caso.

5.   Pode acrescentar refogado à base de manteiga ou qualquer óleo vegetal, alho e/ou cebola e sal (comece bem devagar)

6.   Acrescente ao prato já pronto para servir, de 2,5ml a 5,0ml de azeite/óleo de soja, girassol, algodão ou canola

7.   Horário : 11h até 12:30h

 

 Segunda Fase  

 Iniciar esta fase 40 dias depois de começar as frutas, onde poderão ser acrescidos os seguintes alimentos à primeira lista:

·         Músculo, Fígado de boi, Carne de Frango
·         Miúdos de frango, Gema de Ovo Cozida (até 2x / sem)
·      Verduras Escuras (Espinafre, Escarola, Brócolis, Couve, Agrião, Rúcula)

8.   Horários : Além do almoço, entre 11h e 12h (almoço) agora a criança também irá jantar, preferencialmente entre 18h e   19 h;
9.   Uma outra porção de fruta ou suco no período da tarde já poderá ser oferecida, entre 15h e 15:30h. Outras frutas como acerola, manga, melancia e abacate, já poderão ser oferecidas.
10.  Poderão ser compostos pratinhos sem ser do tipo sopa, mais consistentes e parecidos com a alimentação familiar, mas sempre amassadinhos :
Ex: Purê de batatas com caldo de feijão e franguinho
      Carninha assada com arroz, batatas , geminha de ovo e    
      espinafre


O que eu fiz diferente disso? Ele me pediu para iniciar este processo quando faltasse uma semana para o Enrico fazer 6 meses, mas quando faltavam duas semanas, eu iniciei as frutinhas, com aquele alimentador que a criança suga, vocês conhecem? Vejam foto abaixo. E foi ótimo, pois ele foi se acostumando com os sabores de forma fácil, e depois disso quando fui transferindo para frutas raspadinhas ou amassadinhas ele nunca estranhou fruta nenhuma. Eu acho que o alimentador ajudou muito na introdução dos alimentos.

Algumas frutas, como a maçã, ele não aceitou de cara, então eu fazia papinha de maçã, em pouco tempo já comecei a dar raspadinha e ele aceitou.
No primeiro dia de papinha salgada, eu já quis começar com tudo, fazendo papinha de batata, cenoura e beterraba, e não rolou....ele não quis de jeito nenhum. Então, seguindo instruções de uma amiga, no segundo dia eu fiz papinha de abobora cabotia, como o sabor é mais docinho, eles aceitam mais facilmente, o Enrico adorou, comeu tudo. No dia seguinte, fiz novamente apenas de cabotia; no próximo dia, misturei mandioquinha com a abobora, e nos primeiros dias, fui usando a abobora de base, já que ele tinha gostado, para introduzir outros legumes, isso facilitou muito o processo.
Uma das melhores aquisições que fiz foi o Baby Food, da Beaba, um processador próprio para fazer papinhas, ele cozinha os legumes no vapor, e depois você usa o próprio caldo dos legumes para bater e deixa na consistência que preferir, então eu não segui as instruções de cozimento acima, pois usava o Baby Food. Vejam foto abaixo.

Outro detalhe sobre a introdução da alimentação sólida, é que as fezes mudam, não se assustem. E o que pode decorrer disso é que o bebê pode ficar assado até se acostumar com o novo cocô - a melhor pomada para assadura é a de nistatina com oxido de zinco. E pode haver um pouco de constipação também. No caso de intestino preso, o que funcionou melhor para meu filho foi o seguinte:
Ferva 3 ameixas em um copo de água, coloque a água da fervura em uma mamadeira e ofereça durante o dia, eu fiz isso por 3 dias e o intestino do meu filho voltou ao normal.
Espero ter ajudado!
Beijos!


sábado, 3 de agosto de 2013



"Tudo vai passar.
Eles vão crescer e dispensar nosso colo.
Vai chegar a fase em que os amigos serão mais importantes que os pais.
Que nossas demonstrações de afeto serão consideradas um grande mico.
Que em vez de torcemos para que eles durmam, torceremos pra que cheguem logo em casa.
Que não se interessarão pelos velhos brinquedos.
Que o alvoroço na hora do almoço, dará lugar a calmaria.
Que os programas em família serão menos atrativos que o churrasco com a turma.
Que dirão coisas tão maduras que nosso coração irá se apertar.
Que começaremos a rezar com muito mais freqüência.
Que morreremos de saudade de nossos bebês crescidos.

Por isso...

Viva o agora.
Releve as birras.
Conte até 10.
Faça cosquinhas.
Conte histórias.
Dê abraços de urso.
Deite ao lado deles na cama.
Abrace-os quando tiverem medo.
Beije os machucados.
Solte pipa.
Brinque de boneca.
Faça gols.
Comemorem.
Divirtam-se.
Acorde cedo aos domingos pra aproveitar mais o dia.
Rezem juntos.
Estimule-os a cultivar amizades.
Faça bolos.
Carregue-os no colo.
Faça com que saibam o quanto são amados.
Passem o máximo de tempo juntos...

...assim quando eles decidirem partir para seus próprios voôs, você ainda terá tudo isso guardado no coração!" 

(Cinthia Morallles - Blog Mãenual de Instruções)


quinta-feira, 23 de maio de 2013

A descida do leite materno

Quando engravidei, o assunto mais comum que as mulheres que já tem filhos falavam comigo era sobre a amamentação, e o tópico preferido era o quanto os mamilos doem, e contavam estórias terríveis de bicos que racharam, caíram, sangraram - Graças a Deus não passei por nada disso - mas ninguém me avisou sobre o quanto dói a descida do leite, isso sim eu queria ter sido avisada.
Então venho compartilhar algumas informações:

Fatos:
Nas primeiras 48 horas após o parto, produzimos o colostro, que é rico em vitaminas e albumina para o bebê. Após o terceiro dia do nascimento do bebê, com algumas variações, acontece a apojadura, ou descida do leite, que normalmente é acompanhada pelo enrijecimento e inchaço dos seios, e eventualmente, por febre.
O preparo para a descida do leite tem inicio no trabalho de parto, após a expulsão da placenta, a glândula hipofisária secreta a prolactina, um hormônio que dá inicio à produção do leite materno. É importante que a mãe dê o peito ao bebê já nas primeiras horas de vida, para estimular a hipófise e a descida do leite. Se isto não for possível - como no caso de bebês prematuros que precisam ficar na incubadora - promova o estimulo das mamas de forma artificial, através, por exemplo, de uma bomba para extração de leite ou ordenhe manualmente. A maioria das maternidade possuem bancos de leites que podem, e devem, ser utilizados para este fim e onde as enfermeiras vão saber te instruir. 

O meu caso:
O meu leite desceu de madrugada no 4o dia após o parto, eu tive muita febre, tinha calafrios, e não sabia o que estava acontecendo. Meus seios ficaram enrijecidos e muito doloridos, e a febre não passava. Por sorte, eu achei que a febre fosse devido a alguma inflamação no corte, pois tive cesárea, então fui até o meu G.O., que me examinou e me mostrou que quem estava inflamado era o meu seio direito, na lateral, onde eu não conseguia ver direito, ele estava até vermelho e quente, eu tive que tomar antibiótico por três dias para evitar que virasse mastite, e aprendi que deveria ter tirado um pouco de leite logo que as mamas encheram demais, e que deveria massagear enquanto o bebe sugava na amamentação e que toda vez que as mamas continuassem cheias de leite após a amamentação eu deveria tirar o excesso com a bomba ou manualmente. 
Este cuidado é muito importante, principalmente nos primeiros dias quando a mãe pode produzir mais leite do que a criança precisa ou consegue mamar. 
Se a ordenha não for realizada o liquido que sobra nas mamas pode endurecer e vira um foco de bactérias, dai um pulo para a mastite, uma inflamação seguida de infecção que atinge as glândulas mamárias. 
É importante também que a nutriz (mãe que amamenta) repouse, tenha uma alimentação balanceada e se mantenha hidratada!!! Pois as mães que não tomam esses cuidados são mais suscetíveis a inflamações.

Mais fatos:
Há uma confusão entre ingurgitamento e mastite, o ingurgitamento é o famoso empedramento das mamas, quando as mamas ficam endurecidas. A mastite vem a tona quando essas placas de leite não são desfeitas e muito menos ordenhadas, e as áreas afetadas pelo problemas ficam vermelhas e doloridas. A mulher sente dores locais, dores musculares e febre, neste caso, a unica saída é tomar medicamentos sob a orientação de um médico, claro!.A mastite não impede o aleitamento materno, pelo contrário, amamentar faz parte do tratamento, assim como as massagens indicadas para facilitar a saída do leite empedrado. 




Quando o desmame é necessário

Bom, acabei de encarar o doloroso processo de desmame então tinha que postar sobre isso, né?!
Vou contar como foi: o Enrico está com 10 meses e eu pretendia amamentar por mais tempo, porém estou com um problema de saúde e precisava iniciar um tratamento com medicamentos que não podem ser tomados quando se está amamentando, portanto para poder me tratar era necessário desmamar o meu filho. 
Conversei com o pediatra e ele me indicou que eu enfaixasse o peito e colocasse um esparadrapo bem na frente e quando o Enrico procurasse o peito eu deveria explicar que "a mamãe está dodói e não pode dar mama"....gente, é impressionante e lindo como eles entendem!!!!
O problema é que ele não aceitava a mamadeira, quando via que era o leite, fosse NAN ou qualquer outro, menos ainda....então o que eu fiz nos primeiros dias, foi bater o NAN com frutas, pois ele adora frutas....
Eu sabia que os dias não seriam difíceis pois ele come muito bem tanto as papinhas quanto as frutinhas, mas meu medo era a noite, pois ele ainda acorda duas vezes por noite para mamar, ele dorme umas 20:00, acorda as 23:00 para a primeira mamada, e depois umas 3:00 para a segunda, e não consegue voltar a dormir se não mamar, então na primeira noite, eu fiz uma papinha bem rala de maçã com aveia, abri um pouco o furo do bico de uma mamadeira, e quando ele acordou para a primeira mamada foi o que eu dei, e ele aceitou, já quando ele acordou para a segunda mamada, ele não queria nem chegar perto da mamadeira...chorava....depois ficava quietinho, e eu ouvia sua barriguinha roncando, que dó....mas como era necessário tive que ser forte, até que depois de um tempo (umas duas horas) ele acabou aceitando a mamadeira, dessa vez era com meu leite mesmo, que eu havia tirado antes, mas ele não queria nem experimentar, quando ele decidiu tentar, gostou e mamou...dormiu imediatamente...
Na segunda noite eu bati o NAN com banana, e ele reclamou um pouco para aceitar a mamadeira, mas quando experimentou o gostinho (ele adora bananas) ele mamou, e fiz a mesma coisa com a mamada a madrugada.... na manhã seguinte ele estava deitado ao meu lado na cama e veio procurar meu peito, eu mostrei a faixa e expliquei sobre o dodói, e ele me deu um beijinho e não procurou mais, acreditam???
Bom, dai para frente ele foi se acostumando com a mamadeira, dai tentei dar o NAN sem frutinhas no 4o dia, com um pouquinho de açúcar, e ele mamou....e agora já está amigo da mamadeira, já dou o NAN puro, sem adicionar nada, ele já até segura a mamadeira sozinho para mamar, e eu já pude iniciar meu tratamento...
Como eu sempre tive muito leite, eu tive muita dor nos seios, o pediatra indicou que eu fizesse compressa com gelo por 20 minutos, duas vezes ao dia, para evitar o peito enchesse, mas eles se enchiam mesmo assim, mesmo tirando uma quantia com a bomba, continuavam doloridos e cheios....no quarto dia eu tive uma dor insuportável, mesmo os mantendo enfaixados o que deveria ajudar também, então falei com meu GO que me indicou um remédio que tomei para secar o leite, depois disso, o fluxo e a produção de leite começaram a diminuir
Esse processo é doloroso emocionalmente mais do que tudo, e lógico as duas primeiras noites foram longas, mas não foi tão difícil quanto eu esperava e foi realmente necessário, mas fica ai minha estória de desmame....
Beijos!

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O processo de produção do leite materno

As transformações físicas, como inchaço dos seios, mamilos mais escuros e aréolas maiores, costumam ser os primeiros sinais de que você engravidou. E nada disso é por acaso. Especialistas acreditam que a mudança de cor do mamilo, por exemplo, possa ajudar na futura amamentação, como um modo de orientar melhor os recém-nascidos. 
O aparecimento de pequenas bolinhas ao redor da aréola do seio, também tem papel vital no ato de amamentar. Essas bolinhas produzem uma substância oleosa que limpa, lubrifica e protege os seios de infecções durante a amamentação.

Do lado de dentro:
As mudanças ocorrendo por dentro dos seios são ainda mais impressionantes do que aquelas acontecendo no exterior.
A placenta estimula a liberação de hormônios (estrogênio e progesterona  que deflagram o completo sistema biológico que possibilita a lactação.
As meninas já nascem com os principais ductos mamários formados, porém as glândulas mamárias não dão sinal de vida até a puberdade, quando uma enxurrada do hormônio estrogênio as faz crescer e inchar. Durante a gestação, essas glândulas trabalham a todo vapor.
Quando o bebê nasce, o tecido glandular de suas mamas já dobrou de tamanho, o que explica a mudança radical no número do sutiã!
Em meio às celulas adiposas e ao tecido glandular localiza-se uma rede de canais, chamados ductos. Os hormônios da gravidez fazem com que esses ductos aumentem de quantidade e tamanho e se dividam em canais menores perto da região peitoral. Na extremidade de cada um deles há uma aglomeração de pequenos sacos, semelhante a um cacho de uvas, conhecidos como alvéolos. Um conjunto de alvéolos forma um lóbulo, e uma reunião de lóbulos é um lobo. Cada seio contém de 15 a 20 lobos.
O leite é produzido dentro dos alvéolos, os quais são rodeados por pequenos músculos que pressionam as glandulas e empurram o leite para os ductos. Os cerca de nove ductos lactiferos de cada seio são como canudos isolados que chegam à extremidade do mamilo, formando um chuveirinho que libera o leite.
O sistema de distribuição do leite fica completamente pronto já no segundo trimestre de gravidez, para que a mulher possa amamentar mesmo que o bebê seja prematuro

Quando o bebê nasce.
A produção de leite em grande escala começa de 24 a 48 horas depois que o bebê nasce. Período conhecido como lactogenese.
Após a retirada da placenta, os níveis de estrogênio e progesterona começam a declinar. A prolactina, cuja quantidade vinha aumentando durante a gestação, é então liberada para sinalizar ao corpo que é hora de produzir leite.
A medida que o corpo se prepara para a lactação, ele libera mais sangue para a região dos alvéolos, deixando os seios firmes e cheios. Vasos sanguíneos meio inchados, combinados com a abundancia de leite, podem deixar as mamas temporariamente doloridas, quentes e cheias demais, porém a própria amamentação ajudará a aliviar o desconforto inicial. Se não for suficiente deve-se realizar a ordenha.
Nos primeiros dias, o bebê será alimentado pelo colostro, uma substancia viscosa, meio transparente e rica em proteínas, cheio de anticorpos chamados de imunoglobulinas, fortificantes naturais para o sistema imunologico do bebê. O leite materno se transforma no decorrer da amamentação a fim de suprir todas as necessidades do bebê.
Conforme o bebê suga o mamilo, a hipófise é estimulada a liberar os hormônios ocitocina e prolactina para a corrente sanguínea. Ao alcançar o seio, a ocitocina provoca a contração dos pequenos músculos ao redor dos alvéolos cheios de leite. O liquido passa então para os ductos, que o transportam para os ductos que ficam pouco abaixo da areola do seio.
Nos primeiros dias de amamentação, a nova mamãe sente alguma contração no abdome, na forma de cólicas, enquanto o bebê estiver mamando. Isso sinaliza a liberação da ocitocina, que ajuda o útero a voltar ao tamanho normal. 

A ocitocina pode trazer uma sensação de calma, satisfação e alegria. 
Com o aumento do fluxo de leite, é possível que você sinta formigamento, queimação ou ardor nos seios. É fundamental estar tranquila durante a amamentação para que o leite desça com facilidade.
O processo de amamentação pode parecer complicado e dolorido no começo, mas todas pegam o jeito, não se preocupem!
Lembre-se de investir no repouso e na hidratação, e não usar sutiãs apertados para o peito possa se encher de leite.
Fonte: BabyCenter.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Pernilongos

Toda mãe sofre quando seu bebê amanhece cheio de picadas de pernilongo... E tenho notado ultimamente muitas pessoas (inclusive eu) reclamando do aparecimento de muitos pernilongos em casa. E o que fazer com relação a esse problema quando se tem um bebê em casa?!?!?! Bom, já fiz essa pergunta ao pediatra do meu filho e, infelizmente, não há muito o que fazer. Segundo ele, não se deve usar nenhum tipo de inseticida na casa, e nada de sair com o bebe para alguém espirrar o veneno e depois voltar - eu achava que esta seria a solução, mas segundo o pediatra não é recomendado. E nem pensar no inseticida de tomada. Segundo ele, há uma pesquisa do Instituto Boldrini que estuda efeitos cancerígenos dos inseticidas em bebês.
Então o que fazer?!
  • É importante ter a tela protetora no berço e seguir esse ritual todos os dias: ao entardecer fechar as janelas, verificar se não há nenhum pernilongo ou mosquito no quarto, principalmente no berço, e já fechar a tela protegendo o berço, mantendo-a fechada. 
  • Eu comprei um aparelho da Chicco que é um repelente ultrassônico (fotos abaixo), ele emite ondas que são percebidas pelos insetos que, então, se afastam. Há um modelo de tomada e um portátil. Infelizmente, esse produto não é encontrado no Brasil, mas é possível compra-lo pela internet. O portátil eu deixo no carrinho do bebê, se estamos em algum lugar onde há muitos insetos eu já ligo e o bebê fica protegido. Como funciona por ondas não oferece nenhum perigo ao bebê.
  • Para os bebês maiores de 6 meses é indicado utilizar repelentes, o pediatra indicou o da Johnson´s ou Huggies.
Dica de vó: Passe um pouco de Polaramine onde o bebê foi picado para que não haja irritação.

Alguns artigos interessantes que encontrei na internet sobre esse assunto:

http://bebe.abril.com.br/materia/como-manter-os-mosquitos-longe-do-seu-filho

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI1299728-EI5030,00-Bebe+de+dias+morre+intoxicado+com+inseticida+no+RS.html

http://muralvirtual-educaoambiental.blogspot.com.br/

http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2012/02/18/aprenda-a-usar-inseticidas-e-repelentes-e-livre-se-dos-insetos-com-seguranca.htm